domingo, 26 de dezembro de 2010


O momento decisivo em que uma prostituta aborda seu cliente.
Esta imagem é um convite a reflexão sobre diversos pontos em nossa vida profissional.
Não somente a prostituição destas garotas, porém a prostituição do caráter, dos sonhos e dos nossos ideais de justiça dentro do mercado de trabalho, o já conhecido e muito repetido por muitos “jeitinho Brasileiro”.
Até aonde algumas camadas da população Brasileira chega para representar a sua parcela em uma sociedade voltada ao “TER” e não ao “SER”.
Qual a nossa real necessidade em termos financeiros? O que realmente precisamos ter e comprar?
Esta imagem utiliza de diversos recursos fotográficos para transmitir sua mensagem, pode-se observar através do jogo de luzes da mesma um caminho ascendente destas profissionais, o lugar aonde elas se encontram é mais escuro, o que representa a rejeição, o errado que deve ser escondido, o que não deve brilhar e o que não enriquece nossos olhos (a prostituição é considerada por muitos como um trabalho não digno), na mesma perspectiva têm-se as luzes da cidade ao fundo que foram preservadas de modo nítido no momento em que foi fotografada, com o intuito de dar profundidade a imagem, representar um lugar a ser conquistado, sua inclusão na sociedade, as luzes de forma transparente sem estarem desfocadas buscam transmitir todas as conquistas materiais pessoais objetivadas por elas.
Este caminho e esta busca também é observada no sentido direcional ao qual caminham as pessoas pela rua, todas as pessoas que aparecem na foto estão caminhando de encontro a parte mais iluminada da imagem.

Outro aspecto relevante nesta foto é união a que estas profissionais são obrigadas a adotar para sua proteção dentro do seu habitat. Este fato trás a reflexão da importância e necessidade das parcerias, conceito muito discutido e pensado dentro do mercado de trabalho.
A identidade delas foi preservada naturalmente através do “click” fotográfico.

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